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CINEMA BRASIL E A PORNOCHANCHADA



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Documentário


1932

1- AO REDOR DO BRASIL, de Luiz Thomaz Reis.
Documentário realizado com material colhido entre 1924 e 1930: Uma expedição ao Rio Ronuro, no centro de Mato Grosso; a descida do rio Araguaia passando pela ilha de Bananal, continuando pelo Tocantins até Cametá; seringais da empresa Ford às margens do rio Tapajós; subida do rio Negro até a fronteira Brasil-Colômbia-Venezuela; inspeções de fronteiras feitas por Rondon no Acre (fronteira com a Bolívia), passando pela cidade de Rio Branco; a subida do rio Madeira passando por Porto Velho e Guajará-Mirim; a subida do rio Guaporé até o Forte Príncipe por Vila Bela, terminando com a descida do rio Paraguai até Corumbá.

1966

MARANHÃO 66: Posse do Governador José Sarney, de Glauber Rocha e Fernando Duarte.
Realizado em 1966, por ocasião da posse de José Sarney no Governo do Estado. Em contraponto ao discurso do governador eleito, Glauber filmou a miséria do Maranhão, a pobreza e as esperanças que nasciam dos casebres, dos hospitais.

1967

A OPINIÃO PÚBLICA, de Arnaldo Jabor. Com Valéria Amar, Isaltina, Wanderley Cardoso, Yoná Magalhães, Chacrinha, Henrique Martins, Clóvis Bornay, Jerry Adriani.
A classe média carioca, examinada através do depoimento de estudantes, rapazes e moças, funcionários, ídolos da juventude, famílias da burguesia, fenômenos sensacionalistas, misticismo, política, meios de comunicação de massa. Na montagem são utilizados alguns stock-shots de Maioria Absoluta, realizado por Leon Hirszman em 1965. Uma investigação, do tipo cinema-verdade, sobre as aspirações, receios e perspectivas da classe média brasileira, com depoimentos colhidos nas ruas do Rio de Janeiro.

1972

ECOLOGIA, de Leon Hirszman.
Um alerta para os efeitos causados pelo uso e abuso da natureza praticados pela civilização moderna e que estão comprometendo, de forma irreparável, o equilíbrio ecológico do planeta. Curta-metragem

MEGALÓPOLIS, de Leon Hirszman.
O poder de grandes centros industriais americanos como Boston, Filadélfia e Nova York, em comparação a cidades brasileiras do porte de São Paulo e Rio de Janeiro. Curta-metragem

1973

O FABULOSO FITTIPALDI, de Roberto Faria e Hector Babenco.
Aos 13 anos o menino Emerson Fittipaldi preparava, como mecânico, o kart de seu irmão Wilson. Nessa época, as atenções eram voltadas especialmente para Wilson, que já despontava como campeão das pistas. O tempo se encarregaria de mudar esse quadro. Sempre lidando com mecânica, a primeira corrida de Emerson foi aos 18 anos, quando ainda era considerado um garoto louco e ninguém lhe dava crédito. Sem poder imaginar que ali estava um futuro campeão. Na terceira corrida de que participou, Emerson apareceu ao lado dos nomes mais famosos do automobilismo no Brasil. Foi em Brasília, com um Renault 1093. Na primeira disputa, em Interlagos, o resultado foi um acidente sem gravidade, que não chegou a arrefecer o ânimo do rapaz, considerando-o uma lição que guardaria entre muitas outras, para o futuro. E surgiu a primeira vitória no I Campeonato Brasileiro de Fórmula V. Com sua habilidade mecânica e a ajuda do irmão e também corredor, Wilson, construiu um protótipo, o Fiti-Porsche, que na época foi o carro mais veloz do Brasil, com o qual concorreram durante um ano. Mas, o grande sonho de criança já estava sedimentado e a idéia era fixa: ir para a Europa, o que aconteceu depois de ter vendido um carro Fórmula V e um Volkswagen a fim de conseguir recursos. O sonho da Europa já estava se transformando em desespero pois Emerson tinha a certeza de conseguir as vitórias tão almejadas. O país escolhido foi a Inglaterra, para começar pela Fórmula II. Para a viagem só recebeu ajuda da Bardahl, excetuando-se, é claro, a família e um amigo particular, filho de ingleses. Na Europa, os problemas se acumularam e entre eles, a dificuldade de não saber falar inglês. Com a ajuda de poucos amigos, conseguiu um carro Fórmula Ford, no qual trabalhava das oito da manhã até a madrugada. E ele próprio afirma: “Quando acabava o trabalho, eu parecia um carvoeiro. Só pensava em dormir para começar tudo de novo. No Brasil, ninguém tinha idéia do que eu estava passando e todo mundo pensou que eu cheguei lá e saí correndo com um carro”. A primeira corrida na Europa, com a ajuda do irmão Wilson, sendo ao mesmo tempo seu próprio mecânico e falando por gestos, foi no campeonato europeu de Fórmula Ford, na Holanda. Estava na frente quando o motor explodiu, destruindo o trabalho de tantos dias e noites. “Não sobrou nem um pedacinho para contar a história e eu quase chorei de desespero”. Regressou à Inglaterra e recomeçou tudo, porque uma das características mais marcantes na personalidade de Emerson é a persistência. Pensava no Brasil, em meio à saudade e um frio terrível. Sentia-se só, mas continuava. Noites inteiras revisando o carro, tentando aprender inglês o mais rápido possível, ao mesmo tempo em que procurava ampliar seus contatos no meio automobilístico. Em Sneterton ganhou a primeira corrida de Fórmula Ford, que ele considera a mais importante depois de Monza, é claro. E foi também esta corrida que o fez decidir que jamais abandonaria as pistas. Veio a Fórmula II e finalmente a Fórmula 1. E quando isso aconteceu, convidado por Colin Chapman, “que para mim era como um Deus”, ele não acreditou. Era Chapman, o homem da Lotus. Ficou sem dormir, pensava que não era verdade, estava nas nuvens. Era o sucesso que chegava, palmilhado passo a passo com a extraordinária força de vontade, com garra, com sofrimento e também com muita alegria. O resto, todo mundo sabe.

1974

GETÚLIO VARGAS, de Ana Carolina.
O cotidiano do Brasil getulista, entre as décadas de 30 e 50, com importantes fatos políticos, como o próprio suicídio de Vargas e a participação da Força Expedicionária Brasileira na II Guerra Mundial. As filmagens desses acontecimentos foram feitas pelo DIP, Departamento de Imprensa e Propaganda, órgão do Governo getulista e pela Agência Nacional, que condicionavam a opinião pública durante a ditadura do Estado Novo. Através da averiguação de 252 Cinejornais produzidos entre 1935 a 1954 e de todo o material disponível na Cinemateca Brasileira, Ana Carolina consegue expor pormenores da figura, do homem, do mito Vargas.