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Ação e Aventura
1927
TESOURO PERDIDO, de Humberto Mauro. Com Lola Lys, Bruno Mauro.
“Os irmãos Bráulio e Pedro, após a morte do pai, são criados por um amigo, Hilário, pai de Susana. Quando Bráulio atinge a maioridade, Hilário lhe entrega o fragmento de um mapa de um tesouro. Esse fragmento é cobiçado por um bandido e um falso médico. Para conseguir o mapa, os bandidos assassinam um velho, dono de outro fragmento, e raptam Suzana, exigindo a entrega do outro pedaço. Pedro localiza os raptores e, após intensa luta, mata-os. Quando Hilário e Bráulio chegam ao esconderijo, encontram Pedro ferido de morte. Bráulio desfaz-se do mapa e casa-se com Suzana”.
1933
GANGA BRUTA, de Humberto Mauro. Com Durval Belline, Lu Marival, Déa Selva (estréia).
Marcos, rico engenheiro, casa e mata a mulher na noite de núpcias para salvar sua honra. Julgado e perdoado, ele se refugia no interior do país, a pretexto de acompanhar a construção de uma fábrica. Lá encontra Sônia, mocinha alegre e sensual, pela qual se apaixona e, por causa disso, luta contra Décio, o noivo de sua amada. Décio jura vingar-se; Sônia, deflorada por Marcos, suplica a Décio que não o mate. No duelo que se segue, Décio resvala e cai numa cachoeira, afogando-se.
1937
O DESCOBRIMENTO DO BRASIL, de Humberto Mauro. Com Álvaro Costa, Manoel Rocha, Alfredo Silva.
Reconstituição histórica do que teria sido o Descobrimento do Brasil, com base na carta de Pero Vaz de Caminha. A falta de recursos técnicos é substituída pela criatividade da equipe e talento do diretor, que contou com a ajuda até da Igreja Católica. Este é o único grande filme feito sobre o tema, dirigido por Humberto Mauro, o mais brasileiro de nossos cineastas e patrono do movimento do Cinema Novo. A história, evidentemente, é o retrato histórico do descobrimento do Brasil, entremeado por trechos da carta de Vaz Caminha e alguns poucos diálogos. Toda a narrativa é conduzida pela grandiosa música de nosso maior compositor erudito, Heitor Villa Lobos, tocada por orquestra sinfônica e coral de cem vozes.
1952
O CANTO DA SAUDADE, de Humberto Mauro. Com Cláudia Montenegro, Mário Mascarenhas, Nicete Bruno.
Coronel Januário candidata-se a prefeito da cidade. Maria Fausta, afilhada do coronel, é cortejada por Galdino, acordeonista da região, mas namora João do Carmo às escondidas do pai. Durante a campanha eleitoral, a moça desaparece. Após intensas buscas, Galdino a localiza, junto com seu namorado, em um esconderijo arrumado pelos padrinhos. O casal retorna e o coronel promove o casamento. Durante a festa, percebe a ausência de Galdino, que havia partido. Segundo a lenda da região, em certos dias, quem passa perto do canavial pode ouvi-lo tocando, triste, a sanfona, saudoso do amor da cabocla.
1953
O CANGACEIRO, de Lima Barreto. Com Alberto Ruschel, Marisa Prado, Milton Ribeiro, Vanja Orico, Ricardo Campos, Adoniran Barbosa.
O bando de cangaceiros, liderados pelo Capitão Galdino, semeia o terror pela caatinga nordestina. Teodoro é o lugar-tenente do Capitão Galdino e Maria Clódia, mulher de Galdino, é apaixonada por Teodoro, mas não correspondida. Com a intenção de pedir um alto resgate, Galdino rapta a bela professora Olívia, durante um assalto do grupo a um pequeno lugarejo. Teodoro se apaixona por Olívia, sendo prontamente correspondido. Impulsionado por seu amor, Teodoro resolve libertar Olívia, acompanhando-a e protegendo-a contra os mil perigos de uma zona totalmente selvagem. Ajudado por um cangaceiro do grupo, Teodoro põe em ação seu plano de fuga. Ao mesmo tempo, se forma uma organização da polícia rural para caçar os fora-da-lei. Furioso com a traição de seu camarada, Galdino tortura até a morte o cangaceiro cúmplice da fuga e coloca todo o grupo na caça aos fugitivos, dando início a uma terrível perseguição através das regiões selvagens do Nordeste. Enquanto desfrutam da liberdade, Teodoro e Olívia são descobertos por um cangaceiro, enviado por Galdino. Teodoro compreende que o bando deve estar pelas vizinhanças e convida Olívia a seguir sozinha o caminho que a levará de volta à vila onde mora. Antes que Galdino e seu bando encontrem os dois fugitivos, a volante policial ataca o bando cangaceiro, travando um combate de grande ferocidade e violência. Vitorioso, o grupo de cangaceiros retoma a perseguição a Teodoro, que protegido pelas rochas, oferece forte resistência aos seus ex-companheiros, chegando a ferir vários cangaceiros, inclusive Galdino. Sem munições e acuado, Teodoro se rende ao antigo chefe. Galdino reconhece que Teodoro, mesmo traidor, é um homem valente, pelo que lhe propõe um duelo: ninguém atiraria até que ele chegasse próximo à uma árvore, distante uns cem metros dali. A partir desse momento, 23 cangaceiros atirariam todos ao mesmo tempo e, se as balas não atingissem Teodoro, este sairia livre. Teodoro aceita, mas paga com a vida seu ato de bravura.
SINHÁ MOÇA, de Tom Payne. Com Anselmo Duarte, Eliane Lage, Henricão, Ruth de Souza, José Policena, Marina Freire.
Na pequena cidade de Araruna, no fim do século passado, as contínuas fugas de escravos estavam deixando os grandes senhores alarmados, em especial o coronel Ferreira, grande fazendeiro e latifundiário, possuidor de muitos escravos e líder resistente ao movimento abolicionista. É nessa ocasião que sua linda filha Sinhá Moça regressa de São Paulo dominada pelos ideais abolicionistas. Em sua viagem de volta, conhece Rodolfo Fontes, recém-formado advogado, filho de um renomado médico de Araruna, abolicionista entusiasta. No primeiro instante os dois jovens sentem-se mutuamente atraídos, porém, logo ela descobre as tendências escravocratas de Rodolfo e trava-se em seu espírito a luta entre seu amor pelo jovem e suas convicções humanitárias. Sinhá Moça se rebela contra o pai, causando a revolta da família e secretamente passa a ajudar os escravos. Dr. Rodolfo, na verdade um abolicionista convicto, sai à noite disfarçado com uma roupa preta (à la Zorro), para ajudar os escravos. Os escravos se rebelam e planejam uma grande fuga, mal-sucedida, onde muitos são mortos e outros recapturados. O negro responsável pela fuga é levado ao tribunal e, para surpresa de todos, o jovem Dr. Rodolfo serve-lhe de advogado de defesa para surpresa e alegria de Sinhá Moça, que descobre ali seus verdadeiros ideais. Os abolicionistas, entre eles Sinhá Moça, assistem ao julgamento com grande expectativa. É quando chega um mensageiro dando a notícia de que a escravidão acabara de ser abolida no Brasil com a promulgação da Lei Áurea. A cidade inteira festeja e ao fundo, Rodolfo e Sinhá Moça se abraçam, choram e se beijam.
1958
PAIXÃO DE GAÚCHO, de Walter George Durst. Com Alberto Ruschel, Carmen Morales, Vitor Merinow, Ana Cândida, Lima Duarte.
Em 1836, um mascate chega a uma pequena cidade do Rio Grande do Sul para vingar a morte de um amigo. Faz amizade com um extrovertido cavaleiro andante, mas a rivalidade pelo amor da mesma mulher e as posições antagônicas que assumem com a eclosão da Guerra dos Farrapos, colocam os homens em conflito.
A SINA DO AVENTUREIRO, de José Mojica Marins. Com Acácio de Lima, Shirley Alves, Ruth Ferreira, Augusto de Cervantes.
Após ser baleado fugindo de um tiroteio, o bandido Jaime cai à margem de um rio, onde é socorrido por duas belas jovens. Ele se envolve romanticamente com Dorinha, filha de um fazendeiro e, por amor a ela, entrega-se à polícia. Ao sair da prisão, Jaime tem que enfrentar Xavier, um bandido sanguinário que planeja vingar-se do pai de Dorinha.
1960
A MORTE COMANDA O CANGAÇO, de Carlos Coimbra. Com Alberto Ruschel, Aurora Duarte, Milton Ribeiro, Ruth de Souza, Lyris Castelani, Edson França, Léo Avelar.
1929 - O Nordeste Brasileiro, encravado na mais estranha das regiões sul-americanas, vive um clima de agitação e violência. O cangaceiro Silvério é o apadrinhado do Coronel Nesinho, o todo poderoso da região. A fama sinistra de Silvério e seus “cabras” domina e assombra os humildes habitantes de Serra Azul, nos sertões cearenses. Raimundo Vieira, pacato fazendeiro, vive com sua mãe num grande rancho, onde vive da criação de gado. Negando-se a dar dinheiro aos bandidos, vê suas terras invadidas por Silvério e seu bando. Sua mãe é assassinada covardemente, tendo a cabeça decepada e fincada no alto de um toco. Raimundo, ferido, é dado como morto. Após o massacre e ao ver a tétrica cena, jura vingança. Passa a organizar então um grupo para lutar contra os bandidos. Travam o primeiro combate e liquidam o Coronel Nesinho. Partem, em seguida, em busca de Silvério e seus “cabras”, atravessando a caatinga com a ajuda de um rastejador. Encontram o esconderijo do inimigo e tem início um violento ataque surpresa, que se prolonga por toda a noite, deixando no local um rastro de morte e destruição. Vencedor, Raimundo parte com sua noiva, prometendo recomeçar sua vida pacificamente.
1961
BARRAVENTO, de Glauber Rocha (estréia). Com Antônio (Pitanga) Sampaio, Luiza Maranhão, Lucy de Carvalho, Aldo Teixeira.
Grupo de pescadores habita uma região pobre da Bahia. Um deles, Firmino, já tendo vivido na cidade, esforça-se para livrá-los de suas velhas crenças e de sua escravidão, usando para isso os meios mais diabólicos. A presença do mar, considerado uma divindade, a música, a dança, as cerimônias e os sacrifícios rituais são os elementos essenciais da história. Ao retornar da cidade a sua aldeia natal de pescadores negros, portando um discurso contra a exploração econômica, Firmino provoca conflitos pessoais e se indispõe contra os valores culturais representados pelo candomblé africano.
1962
LAMPIÃO, O REI DO CANGAÇO, de Carlos Coimbra. Com Leonardo Villar, Vanja Orico, Milton Ribeiro, Glória Menezes, Antônio Pitanga, Dionísio Azevedo, Marlene França, Geraldo del Rey.
Os crimes praticados por coronéis para se apossar de terras de fazendeiros mais humildes, geravam violência entre os nordestinos. Virgulino Ferreira da Silva, ainda menino, encontra um cangaceiro ferido, lhe dá água, e, em troca, pede seu chapéu de couro. O velho cangaceiro atende seu pedido, mas lhe diz: “somente use este chapéu quando tiver um motivo” e vai embora. Anos depois, Virgulino vê sua casa dizimada e seus pais mortos. Revoltado, pega o chapéu de couro e põe na cabeça. Inicia-se ai a maior lenda do nordeste brasileiro, a saga de Lampião, que se tornaria o mais temido cangaceiro do Nordeste na década de 30, que fazia justiça com as próprias mãos, tornando-se conhecido e respeitado entre os oprimidos camponeses.
NORDESTE SANGRENTO, de Wilson Silva. Com Irma Alvarez, Luely Figueiró, Paulo Goulart, Roberto Duval, Jacy Campos, Jackson de Souza.
A caminho do mar, um vaqueiro encontra penitentes e um destacamento comandado por um tenente cruel. A missão dos soldados é prender cangaceiros e invadir Juazeiro, então dominada pelo Padre Cícero.
TOCAIA NO ASFALTO, de Roberto Pires. Com Agildo Ribeiro, Araçary de Oliveira, Adriano Lisboa, Geraldo Del Rey, Ângela Bonati, Jurema Penna, Antônio Pitanga, Othon Bastos.
A trama do filme se desenrola em Salvador e gira em torno de um político jovem e idealista que os adversários se esforçam pra eliminar. Agildo Ribeiro, deixando de lado o humor, adota postura como o matador, vítima da consciência e do emblemático círculo fatal que o envolve, ao lado de Araçary de Oliveira, a namorada.
1964
DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL, de Glauber Rocha. Com Othon Bastos, Maurício do Valle, Geraldo del Rey, Yoná Magalhães.
Manuel, pobre camponês, num momento de desespero, mata o patrão escravocrata, embrenha-se na caatinga e se junta ao bando de fanáticos seguidores de São Sebastião, um profeta negro, que afirma que um dia o mar vai virar sertão e o sertão vai virar mar e que o sol choverá ouro e que, portanto, para provocar esse milagre, é preciso matar todos os que fazem mal, isto é, principalmente os padres e as prostitutas. Desse momento em diante, fazem-se presentes as alucinações, as visões, as práticas e os modos de conduta aberrantes que a fome, a miséria e a ignorância podem inspirar num povo desesperado. Manuel se junta ao bando do cangaceiro Corisco. A solução do problema social, representado por figuras como o Santo Sebastião e Corisco, é confiada à carabina infalível de Antônio das Mortes, matador profissional, figura sinistra, melancólica e lógica de assassino visionário, o qual imagina que, uma vez eliminados, haverá então a guerra de libertação, ou melhor, a revolução, que redimirá o sertão. É assim que Antônio das Mortes fulmina o profeta e o bandido. Manuel, símbolo do povo brasileiro, escapa, como testemunha viva dos fatos.
1965
GRANDE SERTÃO, de Geraldo Santos Pereira e Renato Santos Pereira. Com Sônia Clara, Maurício do Valle, Luigi Picchi, Jofre Soares, Graça Melo, Milton Gonçalves, Zózimo Bulbul.
Riobaldo, homem que circunstâncias imponderáveis fizeram-no tornar-se jagunço, sente-se atraído por Diadorim, mas não sabe ser ela uma moça travestida de homem. Quando o pai de Diadorim é assassinado e esta decide vingá-lo, Riobaldo
a ela se junta nessa luta.
A HORA E A VEZ DE AUGUSTO MATRAGA, de Roberto Santos. Com Leonardo Villar, Jofre Soares, Maurício do Valle, Flávio Migliáccio, Geraldo Vandré, Maria Ribeiro, Áurea Campos, Emanuel Cavalcanti, Jorge Karan.
No sertão de Minas Gerais vive Augusto Matraga, um fazendeiro violento. Traído pela esposa, é emboscado por seus inimigos, acaba massacrado e é dado como morto. É salvo por um casal de negros e, desde então, volta-se para a religiosidade, numa transformação que mudaria sua vida. Mas, quando conhece Joãozinho Bem Bem, famoso jagunço, este percebe nele o homem violento. Daí em diante, a personagem vive o conflito entre o desejo de vingança e sua penitência pelos erros cometidos. Vencem sua violência e sua valentia.
1966
RIACHO DE SANGUE, de Fernando de Barros. Com Alberto Ruschel, Maurício do Valle, Gilda Medeiros, Turíbio Ruiz, Jacqueline Myrna, Ivan de Souza.
Na região de Riacho de Sangue, interior nordestino, ocorrem distúrbios entre os moradores e os coronéis que comandam a região.
1967
CANGACEIROS DE LAMPIÃO, de Carlos Coimbra. Com Milton Rodrigues, Vanja Orico, Maurício do Valle, Milton Ribeiro, Jacqueline Myrna, Antônio Pitanga.
28 de julho de 1938. Forças policiais destroem Lampião e seu bando. Moita Brava e um grupo de cangaceiros conseguem escapar, espalhando terror e morte pelos povoados. Uma das vítimas é o pacato vaqueiro Pedro e sua mulher Rosinha, com quem acaba de se casar. Sofrem violências, Rosinha sucumbe, mas Pedro sobrevive e jura vingar sua honra. Nessa missão, terá uma companheira, Mariana, também em busca de vingança. Um a um, Pedro vai encontrando e eliminando cada membro do bando em combates violentos. O último é o próprio Moita Brava. Concluída a missão, Pedro e Mariana regressam a sua terra, na esperança de viver em paz.
1969
CORISCO, O DIABO LOIRO, de Carlos Coimbra. Com Maurício do Valle, Leila Diniz, Milton Ribeiro, John Herbert, Georgia Gomide, Laura Cardoso, Antônio Pitanga, Turíbio Ruiz, Eduardo Abbas, Jofre Soares, Tony Vieira, Dionísio Azevedo.
Cristino foi criado ouvindo que “o homem valente não apanha... mata, mas não apanha”. Quis o destino que, um dia, se visse obrigado a pôr em prática o antigo lema, consumando seu primeiro crime de morte. Mas Cristino não queria continuar na senda do crime. Por isso, mudou-se para uma cidade distante, onde pretendia reconstruir pacificamente sua vida. A incompreensão de um delegado intransigente levou-o ao cangaço. Como cangaceiro, teve de vingar a morte de seu chefe, Lampião, de quem fora braço-direito e amigo. Sua fama espalhou-se pelo Nordeste, já conhecido como “Corisco, o Diabo Loiro”, que encontrou em Dadá uma companheira fiel e dedicada. Raptada e violentada por ele, Dada odiou-o durante muito tempo, mas depois o ódio transformou-se em amor. Um amor que durou 12 anos, até a morte de Corisco.
O DRAGÃO DA MALDADE CONTRA O SANTO GUERREIRO (aka Uma aventura de Antônio das Mortes), de Glauber Rocha. Com Maurício do Valle, Odete Lara, Othon Bastos, Hugo Carvana, Jofre Soares, Lorival Pariz, Rosa Maria Penna, Mário Gusmão, Paulo Lima, Vinicius Salvatori, Emanuel Cavalcanti, Conceição Senna.
Um dia, numa cidadezinha chamada Jardim das Piranhas, aparece um cangaceiro
que se apresenta como a reencarnação de Lampião. Seu nome é Coraina. Anos depois de ter matado Corisco, Antônio das Mortes vai à cidade para ver o cangaceiro. Não vem por dinheiro, quer apenas provar se é verdade mesmo. É o encontro dos mitos. E tem início o duelo entre o dragão da maldade e o santo guerreiro. Mas esta história tem seus demais personagens que vão povoar o mundo de Antônio das Mortes. Entre eles, um professor desiludido e sem esperanças; um coronel com delírios de grandeza, voltado para um passado distante; um delegado com ambições políticas e uma mulher, Laura, vivendo uma trágica solidão. Todos são envolvidos na ação dirigida por Antônio e seus contraditórios conceitos de moral e justiça.
MEU NOME É LAMPIÃO, de Mozael Silveira. Com Milton Ribeiro, Rejane Medeiros, Rodolfo Arena, Dinorah Brilhante, Milton Rodrigues, Dilma Lóes, Catulo de Paula, Marly Fátima.
Lampião e seu bando de cangaceiros levam pânico ao Nordeste, invadindo e saqueando as pequenas cidades da região. Por sua vez, são constantemente perseguidos pelos soldados das volantes policiais, que eles chamam de “macacos”. Os cangaceiros assaltam a fazenda da Baronesa, que é assassinada, e raptam sua sobrinha Teresa. André, que conseguiu fugir, coloca Toninho, noivo de Teresa e seu amigo, a par dos terríveis acontecimentos. Cheio de cólera, Toninho jura que perseguirá Lampião até os confins do inferno. Após o enterro da Baronesa, Toninho, acompanhado de André e de alguns soldados, parte no encalço dos bandoleiros. A perseguição, repleta de lances dramáticos, só termina quando Toninho subjuga Lampião e corta-lhe a cabeça, que é lançada aos pés de sua noiva, como um troféu de vingança. Mas André, durante a luta, tombou morto.
MEU NOME É TONHO, de Ozualdo Candeias. Com Jorge Karan, Bibi Vogel, Nivaldo de Lima, Eddio Smânio, Walter Portela, Leonora Tavares, Tony Cardi, Cláudio Viana, Esmeralda Ruschel.
A história de um homem chamado Antônio, que desconhecia sua origem. Na sua memória, apenas as imagens da infância, quase diluídas no tempo, e o rapto de que foi vítima por parte de uma caravana de ciganos. Bom sujeito, bom cavaleiro e bom atirador, Antônio abandonou os ciganos para viver por conta própria. E viveu tranqüilo até que numa noite, igual a muitas outras, uma bela mulher cruzou por seu caminho. Os retalhos da história da mulher, sussurradas sob cobertas de seda e o calor do desejo, transformam a vida de Antônio. Ela falou do sítio onde passara a infância, em companhia de um irmão chamado Tonho. Ele viu se reavivarem as imagens da infância diluídas no tempo. Para certificar-se, procurou o sítio. E se certificou da realidade trágica, injusta e irônica que o cercava: presenciara o massacre dos pais e amara a própria irmã. Tonho se rebatizou e muitos valentes caíram, pois ele fez o que mais lhe pareceu certo: afogar em sangue todos os dramas que o cercaram. Depois do que, desapareceu.
1970
CABEÇAS CORTADAS (Cabezas Cortadas), de Glauber Rocha. Com Pierre Clémenti, Francisco Rabal, Marta May, Rosa Maria Penna, Emma Cohen, Luiz Ciges, Victor Israel, Carlos Frígola.
Dentro de um castelo, em alguma parte do Terceiro Mundo, Diaz, uma espécie de rei sem coroa, tem lembranças delirantes. Em sonho, realiza uma viagem, escraviza índios, trabalhadores e camponeses. Nessa viagem, descobre suas origens. Estão em Eldorado, onde ele tem grande poder político. Diaz tem novas visões: suas vítimas ameaçam destruí-lo. Um pastor o amedronta e fascina. Nos arredores do castelo o pastor realiza milagres para o povo. O delírio de Diaz cresce à medida que descobre já não ter nenhum poder. Descobre uma camponesa que para ele é o símbolo da pureza. Diaz aceita a idéia da morte. Sabendo que o pastor acabará matando-o, organiza no castelo uma cerimônia que parece ser seu funeral. O pastor mata Diaz e liberta a camponesa.
COMO ERA GOSTOSO O MEU FRANCÊS, de Nelson Pereira dos Santos. Com Arduino Colassanti, Ana Maria Magalhães, Eduardo Imbassahy Filho, Manfredo Colassanti, Ana Maria Miranda, Gabriel Arcanjo, José Kleber.
Brasil, 1594, prisioneiro dos tamoios, um aventureiro francês escapa da morte, graças aos seus conhecimentos de artilharia. Apesar de ainda precisarem dos seus conhecimentos, os índios marcam o dia de sua morte. Durante o tempo que lhe resta, o prisioneiro aprende os hábitos da comunidade e chega a se unir a uma jovem, e tenta descobrir formas para escapar, através dela. Sabe da existência de um tesouro enterrado e consegue achar o tesouro, com a ajuda de um velho contrabandista de armas. Mata o velho que tentou enganá-lo e tenta fugir com a índia. Ela se recusa. Depois de uma vitória contra um grupo rival, a morte do francês fará parte das comemorações da aldeia. Seu corpo será servido no banquete.
MARCELO ZONA SUL, de Xavier de Oliveira. Com Stepan Nercessian, Françoise Forton, Lula, Simone Malagutti, Francisco Dantas, Carlos Rodrigues, Ana Maria Marques, Neila Tavares.
Rebelde sem causa, Marcelo é um jovem de dezesseis anos, terrivelmente inquieto, que não leva nada a sério. Nas salas de aula, perde-se em conversa fiada, flertes desinteressados e pouca atenção ao estudo. Filho de um funcionário público, metódico e moralista, Marcelo transforma-se em verdadeiro inferno para a família. Com um companheiro da sua idade, ele se lança à paquera das coleguinhas e outras garotas. Depois de algumas aventuras, o pai ameaça fazê-lo trabalhar. Marcelo e seu amigo fogem de casa, rumo a São Paulo. Durante a viagem, resolvem voltar para seus lares.
1971
UM CERTO CAPITÃO RODRIGO, de Anselmo Duarte. Com Francisco di Franco, Elza de Castro, Newton Prado, Sônia Dutra, Álvaro Alves Pereira, Paixão Côrtes, Pepita Rodrigues.
Um cavaleiro, meio soldado, meio gaudério, cabelo doirado ao sol, violão às costas, entra na pacata cidade de Santa Fé. Ninguém poderia imaginar que aquele homem estava entrando também em suas vidas. Cantando e bebendo foi conquistando os corações das mulheres e a admiração dos homens. Um contador de estórias, de aventuras, de guerras ou de mentiras? A verdade é que se tratava de Um Certo Capitão Rodrigo. De nada adiantou o padre Lara preveni-lo das qualidades morais das pudicas donzelas e da honorabilidade da sociedade local. No primeiro dia, a mulher do vendeiro. Depois, Bibiana, Helga, Índia e Rosa. Foram todas se envolvendo por sua simpatia e irreverência. Sua gargalhada podia ser ouvida até na casa do chefe político local, que tentou expulsá-lo. Quando o capitão disse: “Fico”, já não mais pensava em si, mas na mulher que amava, no futuro de seus filhos e em seu povo. Rodrigo tinha no sangue o amor e a guerra. Em dezenas participou, expulsando a “pelegaços” e ponta de lança os castelhanos invasores. Mas agora sua luta era aqui. Dentro de Santa Fé. Inspirado pela idéia republicana de Bento Gonçalves, outro bravo gaúcho, o capitão Rodrigo brada em praça pública, antes de bombardear o sobrado governamental: “Viver com honra ou morrer com dignidade”.
D’GAJÃO MATA PARA VINGAR, de José Mojica Marins. Com Walter C. Portella, Ana Nilsen, Eddio Smânio, Gracinda Fernandes, Nivaldo de Lima.
O verde vale, coroado ao longe pelos gigantescos arenitos, enfeita-se de cores e sons: o grupo de ciganos, alegres e sorridentes, celebra o enlace de Nadja e D’Gajão. Ao mesmo tempo, Justino, um capataz repudiado no amor que nutre pela filha do seu patrão fazendeiro, tenta seduzir a moça, que morre ao bater a cabeça numa pedra. Justino culpa os ciganos pela morte, o que açula a ira e a crueldade de um bando de jagunços, ordenando o massacre do todos os ciganos. O extermínio é realizado. Do grupo só restam vivos Nadja e D’Gajão: ela, prisioneira do fazendeiro; ele, sufocado pelo desejo de vingança. O cigano se transforma: troca a faixa pelo cinturão, partindo em busca de sua mulher. Munido de astúcia, uma Winchester e um punhal, sai para vingar. Muitas vidas são dizimadas antes que o jovem casal se reencontre em paz e liberdade.
MINHA NAMORADA, de Zelito Vianna (estréia) e Armando Costa. Com Pedro Aguinaga, Laura Maria, Ana Maria Magalhães, Arduino Colassanti, M. Gato Barbieri, Fernanda Montenegro, Jorge Dória, Sílvio Lamenha, Vera Maria, Marcelo Costa.
A adolescente Maria, namorada de Fernando, interessa-se por Pedro, colega de um curso audiovisual. Passa a sair com o rapaz, que mora numa república de estudantes, acabando por entregar-se a ele. Os pais de Maria aceitam a situação, muito embora não a compreendam, e a jovem decide abandonar a casa. Vai morar com Pedro, e os dois passam um período de amor total, até o dia em que o dinheiro falta. Pedro é reprovado e perde a bolsa de estudos que o vinha sustentando. Maria resolve trabalhar. O rapaz é obrigado a voltar para sua cidade natal, e Maria não aceita as novas propostas de Fernando. Reata com os pais sem perder sua liberdade. É quando recebe uma carta de Pedro, que volta para ela.
1972
AMOR, CARNAVAL E SONHOS, de Paulo César Saraceni. Com Leila Diniz, Arduíno Colassanti, Ana Maria Miranda, Hugo Carvana, Isabel Ribeiro.
Em véspera de quatro dias de carnaval, uma jovem (Leila) suplica um milagre a uma santa de sua devoção. Quer um rapaz com quem possa brincar durante a folia. E, quando todas as esperanças parecem perdidas, o milagre acontece: Um malandro (Carvana) surge pela janela. O carnaval está começando e nas ruas já se ouve o batuque da Cacique de Ramos. Em pleno desfile dos blocos, um fotógrafo (Arduíno) conhece Aninha, a passista, e leva-a a seu apartamento. As fotos são reveladas, o amor nasce. Noutro lance Tristão e Isolda estão brincando no Baile do Municipal, beijam-se no salão, mas o Mito aparece e rouba Isolda de Tristão. Desiludido, Tristão começa a sonhar, e o Mito lhe reaparece, dança, fala, mata o fotógrafo. E se transforma em orixá - Oxossi - o deus da Mata, que procura conquistar a guerreira Iansã. Os dois transformam-se em fogo e, juntos, continuam guerreiros. A Escola de Samba irrompe com alegria esfuziante e ritmo frenético.
OS INCONFIDENTES, de Joaquim Pedro de Andrade. Com José Wilker, Luiz Linhares, Paulo César Pereio, Fernando Torres, Carlos Kroeber, Nelson Dantas, Carlos Gregório, Margarida Rey, Suzana Gonçalves, Tereza Medina, Fábio Sabag, Wilson Grey, Roberto Maya.
História da conspiração de uma elite social - padres, juizes, poetas e militares - para libertar o Brasil da opressão portuguesa em fins do século XVIII. Em meio ao grupo um sub-oficial, o alferes Joaquim da Silva Xavier, conhecido como o Tiradentes, é o mais disposto a levar às últimas conseqüências a sonhada revolução. Durante os três anos de prisão incomunicável, interrogatórios, ameaças e horrores que torcem a idéia, o caráter e a memória dos presos, só Tiradentes resiste altivamente. Todos os outros o acusam para salvar a pele. Diante da covardia geral, o Tiradentes - que se tornaria o herói nacional brasileiro - assume toda a responsabilidade e procura salvar os demais. É condenado a morrer na forca e a ter o corpo esquartejado.
INDEPENDÊNCIA OU MORTE, de Carlos Coimbra. Com Tarcísio Meira, Glória Menezes, Dionísio de Azevedo, Kate Hansen, Anselmo Duarte, Abílio Pereira de Almeida, Maria Cláudia, Emiliano Queiroz, Manoel de Nóbrega, Heloísa Helena, Renato Restier, Jairo Arco e Flexa, Vanja Orico, Francisco di Franco, José Lewgoy, Flora Geny, Carlos Imperial, Edson França, Sérgio Hingst, Lola Brah, Vitor Merinow, Clóvis Bornay.
O Brasil, no começo do século XIX, é parte do Reino Unido de Portugal e Algarves. Com o regresso de D. João VI a Lisboa, permanece no país, como Regente, o Príncipe D.Pedro de Alcântara, casado com D. Leopoldina, Arquiduquesa da Áustria. Mas a côrte metropolitana, temendo idéias separatistas, passa também a exigir a volta do Príncipe Regente. Se concretizada a medida, o Brasil retrocederia à condição de simples colônia. Organiza-se, então, a resistência dos brasileiros, liderados por José Bonifácio de Andrada e Silva, ao mesmo tempo em que começa a ganhar corpo a campanha da independência. Após hesitar entre a obediência à côrte de Lisboa e os anseios de libertação da nova pátria, o Príncipe Regente decide permanecer no país. A sete de setembro de 1822, a caminho de São Paulo, lança, às margens do riacho do Ipiranga, o brado “Independência ou Morte”. A partir desse momento, o Brasil está separado de Portugal. D.Pedro é aclamado e coroado primeiro Imperador e Defensor Perpétuo do Brasil.
JESUINO BRILHANTE, O CANGACEIRO – O Robin Hood do Sertão, de William Cobbett. Com Nery Vitor, Vanja Orico, Rodolfo Arena, Waldir Onofre, Milton Villar.
Embora de família importante, Jesuíno Brilhante é rude e afeiçoado à vida do campo. Por influência de um primo, Botelho, começa a seguir os ideais abolicionistas e republicanos. A crescente popularidade de Botelho, entretanto, passa a incomodar os “coronéis” da região, que acabam por mandar assassiná-lo. Jesuíno jura vingança e sua fama de homem valente se espalha. Quando seus inimigos - a família Limões - pedem ao Governo o envio de um contingente policial para dar combate aos Brilhante, Jesuíno instala seu grupo numa gruta de difícil acesso e dizima a soldadesca. Em 1877, abatendo-se sobre o sertão uma grande seca, Jesuíno distribui com os retirantes famintos os suprimentos mandados pelo Governo e que iriam parar nas mãos da família Limões. Inconformados, os Limões resolvem prender o pai de Jesuíno a fim de atrair o filho a uma cilada. Jesuíno invade a cidade de Pombal, consegue libertar o pai, mas é derrotado: um de seus capangas, Cobra Verde, é capturado e denuncia a localização do bando. Os soldados atacam, o bando é chacinado, e Jesuíno, ao tentar romper o cerco, é baleado.
1973
CAINGANGUE, A PONTARIA DO DIABO, de Carlos Hugo Christensen. Com David Cardoso, Irmã Alvarez, Sérgio Britto, Jorge Karan, Evelise Olivier, Lícia Magna, Fátima Antunes, Pedro Aguinaga.
Mato Grosso, região fronteira com o Paraguai, onde estão situados os grandes latifúndios. Terras cultivadas denunciam a presença de posseiros, que procuram garantir sua propriedade com trabalho na terra. Num pequeno caminho surge a figura de um homem silencioso. É Caingangue, idade indefinida, rosto que não esboça qualquer atitude. Filho de brasileiro com índia paraguaia, cedo aprendeu a lutar para sobreviver. Dos índios herdou o fatalismo, o desprezo pelo perigo, a frieza de comportamento. Vestido de negro, botas cano alto e um grande poncho que esconde suas mãos e parte do corpo, bem como as armas que maneja com agilidade fora do comum. Olhos frios, ninguém sabe o que pensa. Quando fala, em sussurros, é tão seguro que se torna ameaçador, infundindo ao mesmo tempo temor e respeito. Exímio atirador, torna-se o protetor dos posseiros contra os latifundiários.
SAGARANA, O DUELO, de Paulo Thiago. Com Joel Barcellos, Milton Morais, Ítala Nandi, Átila Iório, Sady Cabral, Paulo Villaça, Jofre Soares, Paulo César Pereio, Rodolfo Arena, Zózimo Bulbul, Luiz Linhares, Ana Maria Magalhães, Wilson Grey.
Turíbio Todo, pistoleiro dos sertões mineiros, passa por bom moço na cidade onde mora. Chegando de uma tocaia, onde matou um homem a serviço do “coronel” Cara de Bronze, encontra sua mulher, Mariana, em idílio com Cassiano Gomes, caçador de jagunços e ex-oficial da polícia. Desarmado, Turíbio não se atreve a enfrentar o violento Cassiano Gomes e traça planos de vingança. No dia seguinte, como se tivesse vindo de uma pescaria, compra um cavalo de Exaltino Trás da Igreja, armas de Clodino Preto e se despede da mulher, a pretexto de fazer nova caçada. Mas vai tocaiar a casa de Cassiano Gomes. Ao tratar de “fechar o corpo” com o feiticeiro João Magolô, após acertar um tiro num homem junto a uma janela, Turíbio é avisado por sua mulher de que não matara Cassiano e sim o irmão dele. Trata, então, de fugir, enquanto Cassiano enterra o irmão, jurando vingança. O projetado duelo entre os dois homens provoca acontecimentos inesperados até o final, quando se consuma de maneira insólita. Turíbio Todo, pistoleiro dos sertões mineiros, passa por bom moço na cidade onde mora. Chegando de uma tocaia, onde matou um homem a serviço do “coronel” Cara de Bronze, encontra sua mulher, Mariana, em idílio com Cassiano Gomes, caçador de jagunços e ex-oficial da polícia. Desarmado, Turíbio não se atreve a enfrentar o violento Cassiano Gomes e traça planos de vingança. No dia seguinte, como se tivesse vindo de uma pescaria, compra um cavalo de Exaltino Trás da Igreja, armas de Clodino Preto e se despede da mulher, a pretexto de fazer nova caçada. Mas vai tocaiar a casa de Cassiano Gomes. Ao tratar de “fechar o corpo” com o feiticeiro João Magolô, após acertar um tiro num homem junto a uma janela, Turíbio é avisado por sua mulher de que não matara Cassiano e sim o irmão dele. Trata, então, de fugir, enquanto Cassiano enterra o irmão, jurando vingança. O projetado duelo entre os dois homens provoca acontecimentos inesperados até o final, quando se consuma de maneira insólita.
1974
O AMULETO DE OGUM, de Nelson Pereira dos Santos. Com Jofre Soares, Anecy Rocha, Ney Sant’Anna, Jards Macalé, Maria Ribeiro, Emmanuel Cavalcanti.
A história é narrada pelo cego Firmino, cantador nordestino, em Caxias. Começa no sertão do Nordeste, quando Maria leva seu filho Gabriel aos umbandistas, a fim de que seu corpo seja “fechado”. Protegido pelo amuleto de Ogum, Gabriel sobrevive e, quando rapaz, chega a Caxias com uma carta de recomendação para Severiano, o potentado do mundo marginal da cidade, que tem como braços-direitos o Dr. Baraúna e Quati, pistoleiro-mor. Gabriel passa de aprendiz a homem de confiança quando o próprio Quati, que o alveja durante uma desavença, reconhece seu “corpo fechado”. A aproximação amorosa entre Gabriel e Neida, amante de Severiano, leva este a usá-la para roubar o amuleto ao perceber que o rapaz é uma ameaça para seu poder. O golpe decisivo de Severiano é mandar matar a mãe de Gabriel. O encantamento parece desfeito: Gabriel é assassinado, mas ressuscita, segundo o cantar de Firmino, que mata a tiros três descontentes com o final da história.
A NOIVA DA NOITE – O DESEJO DE SETE HOMENS, de Lenita Perroy. Com Rossana Ghessa, Francisco di Franco, Jofre Soares, Flávio Portho, Gilberto Sálvio, Tony Cardi, Sandro Polônio, Alberto Ruschel, Anselmo Duarte.
Danilo, um presidiário, consegue o indulto e é posto em liberdade, recebendo das mãos do delegado, como presente, suas próprias algemas. Recorda-se de que fora condenado por um crime de morte, ocorrido durante um tiroteio em defesa de sua mina de diamantes, contra os capangas do juiz Olavo. Cheio de ódio e ressentimento, Danilo resolve voltar à fazenda a fim de rever sua amada Lúcia. Mas Olavo faz os preparativos para o casamento de sua filha com o capataz Juca. Danilo rapta a noiva na hora da cerimônia e, com a confusão criada, fogem de barco pelo rio. Juca e os demais capangas do juiz vão atrás deles e a perseguição é violenta. Durante a fuga, Danilo é ferido, mas mesmo assim consegue esconder Lúcia numa caverna, voltando depois para enfrentar os capangas do juiz. Corre então para Lúcia, que o aguarda.
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